Fala, papelaria: Encantada e Matriz

Na Escolar Office Brasil 2024, lojas compartilharam a experiência e os benefícios da implantação do Programa Material Escolar em São Paulo

Você, papeleiro, já imaginou ver o faturamento da sua loja aumentar 40% em apenas um ano? Foi o que aconteceu com a Papelaria Encantada após a implantação do Programa Material Escolar (PME) em São Paulo, em 2021.

“A gente estava com a loja fechada por causa da pandemia quando o programa começou. Aí uma cliente nos consultou e vimos que nosso cadastro na prefeitura estava aprovado. Foi ali que começou a magia”, lembrou Dino Brito, proprietário da Encantada em sua participação, ao lado da esposa e sócia, Fabiana, no painel Aumente suas vendas no volta às aulas com o Programa Material Escolar, no segundo dia da Escolar Office Brasil, 5 de agosto.

Crescimento

E não parou por aí. No ano seguinte, as vendas aumentaram mais 25% e no outro, quando aderiu também ao Programa Uniforme Escolar, dobraram. Neste ano, a papelaria já registra mais um crescimento, agora de 115% sobre 2023.

Um esclarecimento: na cidade de São Paulo, além do Programa Material Escolar existe também o Programa Uniforme Escolar. Tratam-se de iniciativas distintas, com valores e regras específicos.

Em razão desse crescimento, Dino contou que dobrou também o número de funcionários, de sete para 14, chegando a 25 no período do volta-às-aulas. 

Organização

Responsável pela organização da Encantada, Fabiana Brito disse que, com a chegada do programa, precisou rever a disposição dos produtos para melhorar a experiência dos pais e alunos na loja.

“Nós trabalhamos com três faixas de preço para cada um dos materiais definidos na lista da Secretaria de Educação. Com isso, os clientes têm mais opções”, explicou.

A proprietária compartilhou sua experiência com as papelarias que pretendem se cadastrar no programa. Entre as dicas, conta que criou placas com cores diferentes com a lista de materiais autorizados e seus respectivos preços para cada faixa de ensino. Além disso, nomeou todos os espaços para facilitar a busca pelos materiais.

Para ela, um dos maiores benefícios do Programa Material Escolar está no respeito à individualidade de cada aluno. “Ao final da compra, você não vê uma sacola de produtos igual à outra. A identidade da criança é firmada naquele momento”.

Papelaria Matriz

Também sediada em São Paulo, a Papelaria Matriz participou do painel da Escolar Office Brasil representada por seu proprietário, Fernando Victorino.

Ele reforçou o benefício que o PME acarreta para toda a cadeia da papelaria. “Quando você sai de um modelo centralizado, que privilegia apenas um fabricante, para outro descentralizado, isso gera um impacto positivo nas lojas e também nos fornecedores”.

Segundo Fernando, quando uma papelaria começa a vender pelo Programa Material Escolar todo o comércio do entorno sai ganhando, desde lojas de doces até de roupas.

Em seguida, também deu dicas preciosas para as papelarias que pretendem aderir ao PME:

  • Converse com seu contador para regularizar a situação da empresa e emitir todas as certidões exigidas pela prefeitura;
  • Prepare sua equipe e melhore a disposição dos produtos na loja;
  • Invista em um software de gestão para mensurar seu crescimento;
  • Mantenha o foco na qualidade dos materiais, independentemente da faixa de preço. Lembre-se de que o poder de compra está nas mãos do aluno;
  • Melhore a experiência de compra das famílias oferecendo produtos que vão além do kit da Secretaria de Educação;
  • Esses itens extras têm que ser pagos por fora. Nunca venda materiais que não constam da lista oficial usando o crédito do Programa Material Escolar.


Respeito às regras

Este último ponto, inclusive, é considerado um dos maiores desafios para as papelarias que começam a vender pelo PME. Algumas optam por fazer o controle de forma automática, com uma espécie de “filtro” no checkout; outras preferem investir no treinamento da equipe e organização da loja.

Tanto a Encantada quanto a Matriz escolheram a segunda alternativa. “A gente deixa um folheto bem claro no balcão com a lista dos materiais autorizados. Se tem algum item que não consta, ele é separado dos demais e o pagamento é feito à parte”, explicou Dino.

Fernando foi na mesma linha e ainda destacou a importância de que não haja distinção entre materiais. “A loja é para todos. O aluno da rede privada compra os mesmos itens do da rede pública. Além disso, nossos balconistas já estão ‘calejados’ e são treinados para que não ocorram falhas”.

Fabiana, da Encantada, lembrou que o fato de a lista da prefeitura não variar de um ano para outro faz com que os pais já saibam o que podem e o que não podem comprar. “Quando eles pegam um item de fora da lista, é emitida uma nota fiscal separada”.

Também participante do painel, a coordenadora na Secretaria de Educação do Município de São Paulo, Vanessa Conde Carvalho, reforçou que a fiscalização nesse ponto é bastante atuante e que as papelarias que incorrem na venda de materiais que não fazem parte do kit da secretaria são punidas.

“Todos os munícipes e as próprias lojas fazem parte dessa fiscalização. Nossos canais de denúncia estão constantemente abertos”.

Com o respeito às regras, as papelarias e, principalmente, os alunos só têm a ganhar. “Já no início do programa pudemos ver a alegria das crianças na loja. Os olhos brilham, elas nos abraçam”, comemorou Fabiana.

Os conhecimentos e experiências apresentados no painel Aumente suas vendas no volta às aulas com o Programa Material Escolar da Escolar Office Brasil foram um grande incentivo para que cada vez mais papelarias se cadastrem no programa e aumentem suas vendas. Se sua cidade ainda não conta com ele, veja aqui como dar os primeiros passos.O Programa Material Escolar é uma iniciativa da ADISPA (Associação dos Distribuidores de Papelaria), ABFIAE (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e SIMPA (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo), com apoio da Escolar Office Brasil.