Fala, papelaria: Lojas Encopel

Rede de papelarias de Foz do Iguaçu lista benefícios e desafios de começar a vender por meio do Programa Material Escolar

Em janeiro deste ano, a secretaria de Educação de Foz do Iguaçu, no Paraná, disponibilizou R$6,3 milhões em crédito para os pais ou responsáveis de cerca de 27 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino.

Desde que o Programa Material Escolar (PME) foi implantado pela prefeitura, em 2022, o varejo de papelarias da cidade vêm experimentando um grande impulso nas vendas.

Com a Lojas Encopel não foi diferente. 

“É o terceiro ano que a gente trabalha com o Programa Material Escolar e tem sido excelente”, comemora Liliane Ribeiro, gerente Comercial da rede. 

As quatro lojas da Encopel em Foz do Iguaçu estão entre os 44 estabelecimentos autorizados pela prefeitura para vender por meio do PME. 

A quinta loja da rede, em Medianeira, também aceita o cartão, já que o município vizinho também aderiu ao programa em 2022.

Adaptação

A gerente lembra que a principal adaptação para atender à chegada do Programa Material Escolar se deu no checkout das lojas:

“No site da prefeitura, tem a lista dos itens que são permitidos passar no cartão. Como temos um mix bem completo, com brinquedos, artesanato, informática, a gente teve que criar um mecanismo para bloquear os itens que não são permitidos. Se eu tentar vender um mouse, por exemplo, o sistema não deixa. Isso facilita bastante para nós”

Segundo ela, a maior dificuldade naquele começo da operação foi fazer os pais entenderem essa limitação imposta pela legislação que rege o PME.

“Até hoje ainda tem pai que não aceita que a gente não pode vender um livro, um brinquedo, porque não está na lista da prefeitura”, relata Liliane

Outro desafio inicial surgiu no momento da prestação de contas que a prefeitura exige de todos os estabelecimentos cadastrados. 

“Toda semana, eu preciso mandar todos os cupons fiscais para a prefeitura para saber se realmente a gente não está vendendo itens fora da lista”, comenta. 

No primeiro ano, eu imprimia os cupons, a gente separava manualmente e levava em sacos para a prefeitura. Agora, nosso pessoal de informática conseguiu se entender com os fiscais e criou uma forma de encaminhar os cupons por e-mail”.

Em relação ao mix de produtos, a Encopel não teve problemas para se adaptar, pois já trabalhava com a maioria dos materiais escolares permitidos pelo programa e fez apenas pequenos ajustes nas compras.

“Por exemplo, a gente parou de comprar um caderno com determinada capa que era espiral e passou a comprar mais brochura. Focamos basicamente em aumentar o volume dos itens que estão na lista da prefeitura”, comenta.

Reações

A satisfação dos clientes com a chegada do PME foi imediata, lembra Liliane. “Os pais reconheceram a alegria de vir à loja com os filhos e escolher o material. Sem falar que o valor representa um custo significativo a menos na renda mensal desses pais”.

Vale ressaltar que Foz do Iguaçu não tinha um sistema de compras governamentais de material escolar antes do PME, e os pais precisavam dispor dos próprios recursos orçamentários para adquirir o material dos filhos.

Para ilustrar o que Liliane disse, neste ano a prefeitura de Foz do Iguaçu reajustou os valores do PME por aluno, que passaram a ser os seguintes: 

  • Berçário: R$ 106,00
  • Maternal I e II: R$ 147,00
  • Infantil 4 e 5: R$ 212,00
  • 1º ao 5º ano do Fundamental: R$ 230,00
  • Educação de Jovens e Adultos (EJA): R$ 145,00

“E as crianças ficam felizes”, Liliane faz questão de destacar. “A satisfação de poder escolher o personagem, a mochila, o caderno que eles querem… isso é muito legal!”.

Dicas

Com a experiência acumulada dos três últimos volta-às-aulas operando com o Programa Material Escolar na Encopel, Liliane dá algumas dicas para os papeleiros:

  • Crie controles, manuais ou informatizados, para não vender itens que não constam da lista de materiais do PME;
  • Organize-se para facilitar a prestação de contas para os órgãos de fiscalização;
  • Uma vez que o edital para cadastramento das papelarias pode ter que ser renovado a cada ano, dependendo da legislação local, esteja com documentação e o recolhimento de impostos sempre em dia;
  • Esteja atento para não deixar faltar no mix os materiais que constam da lista da prefeitura;
  • Tome cuidado ao oferecer descontos, pois pode acontecer de as taxas cobradas pela operadora do cartão do PME serem maiores do que as tradicionais maquininhas dos bancos a que o papeleiro já está acostumado.

Como dica adicional, o dono da papelaria deve conhecer a fundo o edital do Programa Material Escolar de sua região, pois as regras podem variar de um município para outro.

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O Programa Material Escolar é uma iniciativa da ADISPA (Associação dos Distribuidores de Papelaria), ABFIAE (Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório), ABIGRAF (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e SIMPA (Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório e Papelaria de São Paulo), com apoio da Escolar Office Brasil.